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Os anos de 2020 e 2021 foram incomensuravelmente desafiadores para a educação. Vivemos um longo período de aulas presenciais suspensas devido à pandemia Covid 19 – que teve reflexos, inclusive, na não aplicação em 2020 de nossa avaliação em larga escala: Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo – SARESP, retomada depois em 2021.
Por outro lado, esse evento inédito, para o mundo e para todos os setores da sociedade, oportunizaram a criação de novos processos, busca por inovações no campo metodológico e tecnológico, com objetivo de minimizar danos.
Também na educação foram desenvolvidos novos recursos, especialmente a partir do uso pedagógico das tecnologias digitais, para mitigar os efeitos adversos do distanciamento físico das escolas e garantir ao máximo oportunidades de aprendizagem aos nossos estudantes nesse momento tão adverso.
Na mesma direção também nas avaliações formativas e processuais tivemos a introdução e aprimoramento na aplicação de instrumento digitais, em plataforma específica.
Assim, aquele desafio de integrarmos a educação nas competências do século XXI, foi seguramente acelerado pela premente necessidade de encontrarmos novos meios para conectar as pessoas, quando ocorreu o impedimento desse contato presencial e temporário. As tecnologias digitais por fim adentraram o espaço escolar. Todavia, se estas são importantes aliadas, também ficou muito claro que a atuação dos professores de modo presencial se fazia imprescindível e insubstituível. Isso ficou demonstrado em estudo amostral avaliativo realizado antes mesmo da mais recente aplicação do SARESP, antevendo a proporção das perdas no aprendizado de nossos estudantes.
Desta forma, a mais recente edição do SARESP - 2021 – ao mesmo tempo que nos preocupava teria que ser enfrentada para podermos obter um retrato fidedigno dos desafios que teremos na educação paulista – como de resto no país e no mundo quando se virem frente aos resultados de outras avaliações de sistema – mostrando-nos o claro quadro de danos que precisaremos sanar dentro do menor tempo possível.
Nesta edição, ainda, subsidiamos a participação no SARESP às redes municipais que aderiram aos materiais do Currículo Paulista, fortalecendo a articulação pedagógica e integração colaborativa Estado/Município, além de oportunizarmos o SARESP às demais redes, incluindo escolas particulares e Centro Paula Souza, dando oportunidades semelhantes aos estudantes da rede paulista de ensino.
Também introduzimos nesta edição - mantidas as avaliações de componentes curriculares tradicionais - inovações de forma a ampliar e aprimorar os diagnósticos, trazendo a área de ciências da natureza, a aplicação de questionários socioeconômicos e socioemocionais – este último para também produzirmos indicadores da saúde emocional fortemente impactada pela pandemia – além da aplicação de redação e também de provas digitais em amostra para nossa rede, com o olhar de uma avaliação para o futuro.
Futuro que contém os maiores e mais peculiares desafios já enfrentados em nossa era, mas que devem constituir nossa maior motivação para que - diante de todo o impacto social, socioemocional com reflexos nas desigualdades de aprendizagens acentuadas pelo contexto pandêmico - a SEDUC continue promovendo ações que visem retomar, recuperar e aprofundar aprendizagens, a partir de diagnósticos seguros, sem deixar nenhum estudante para trás em seu processo de aprendizagem.
Secretaria de Estado da Educação de São Paulo
Março de 2022.
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