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Exemplo 1 Nível: Abaixo do Básico [< 150]
Compõe a descrição do ponto 125 da Escala de Língua Portuguesa – Leitura - SARESP
Tema 1 – Reconstrução das condições de produção e recepção de textos
H02 – Identificar os possíveis elementos constitutivos da organização interna dos gêneros não literários: histórias em quadrinhos, regulamentos, receitas, procedimentos, instruções para jogos, cardápios, indicações escritas em embalagens, verbetes de dicionário ou de enciclopédia, textos informativos de interesse escolar, curiosidades (você sabia?), notícias, cartazes informativos, folhetos de informação, cartas pessoais ou bilhetes.
Comentário O item avalia se o aluno consegue reconhecer, na estrutura geral de formação de um determinado texto, os elementos que o compõem. Na realização dessa tarefa, cabe ao estudante identificar a função de cada unidade constitutiva da organização textual e seu significado. Foi apresentado ao aluno um cardápio, texto de cunho informativo cujo objetivo é fornecer às pessoas informações sobre os pratos e/ou os produtos à venda em um estabelecimento comercial. Geralmente, um cardápio é estruturado de modo que o cliente possa visualizar o produto seguido de seu preço, com produtos apresentados um abaixo do outro e agrupados por categorias, como o tipo do prato. Os percentuais de respostas indicam que mais de 90% dos alunos conseguiram reconhecer corretamente os componentes da estrutura textual do cardápio. Mesmo entre alunos de menor rendimento (Grupo 1), o alto índice de acerto (73,9%) indica que a habilidade de identificar os elementos constitutivos da organização interna do gênero textual “cardápio” tem sido bem desenvolvida. As alternativas incorretas são facilmente excluídas porque se referem a outras composições de elementos constitutivos de texto, não à solicitada. Considerando os percentuais específicos de cada grupo, é possível verificar que os índices de acerto entre aqueles pertencentes aos Grupos 2 e 3 foram bastante altos (96,6% e 99,3%, respectivamente).
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Exemplo 2
Nível: Básico [150 a < 200]
Compõe a descrição do ponto 150 da Escala de Língua Portuguesa – Leitura - SARESP
Tema 3 – Reconstrução da textualidade
H17 – Identificar o efeito de sentido produzido em um texto pelo uso intencional de recursos expressivos gráfico-visuais.
Comentário
Elaborado a partir de uma história em quadrinhos, o item tem como apoio na construção de seu sentido a utilização de elementos gráfico-visuais. Para interpretá-lo, o aluno precisa perceber que ele conjuga duas linguagens: a verbal e a não verbal. O comando da questão indica claramente a tarefa a ser realizada pelo aluno, apontando o segmento textual “EI!” a ser interpretado, considerando-se, obviamente, todo o contexto no qual está inserido. Sendo assim, cabia ao aluno retomar o texto e interpretar as linguagens conjugadas que constroem os sentidos nele contidos. Vale destacar que as quatro alternativas referem-se ao suposto “estado de espírito” do homem ao ver os dois meninos em cima da goiabeira.
Os índices de acerto são bastante altos, indicando que a maioria dos respondentes não encontrou dificuldades para realizar a tarefa proposta. A média geral de acerto dos três grupos mostra que 87,7% escolheram como resposta o gabarito C, compreendendo que o segmento textual “EI!” foi produzido com negrito e letras grandes para mostrar o quanto o homem estava nervoso com aquela situação. Entre os alunos do Grupo 1, também se observa um alto percentual de acerto: 70,9% escolheram o gabarito. Entre esses alunos, o distrator A foi o mais assinalado: 15,8%. Talvez esses alunos tenham ficado um pouco confusos com o significado da palavra “conformado”.
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Exemplo 3
Nível: Adequado [200 a < 250]
Compõe a descrição do ponto 200 da Escala de Língua Portuguesa – Leitura - SARESP
Tema 3 – Reconstrução da textualidade
H16 - Identificar o efeito de sentido produzido em um texto pelo uso de marcas discursivas de temporalidade no encadeamento dos fatos.
Comentário
O item avalia se o aluno consegue identificar o efeito de sentido produzido em um texto informativo pelo uso de marcas discursivas de temporalidade no encadeamento das informações. Para realizar a tarefa, o aluno precisa compreender a sequência temporal que ordena esse encadeamento, retomando o texto, localizando essas marcas e identificando sua associação às demais informações nele expressas. Além de leitura autônoma, essa habilidade exige raciocínio linguístico e textual do aluno, que deve compreender o sentido temporal do termo “depois” no fragmento em que aparece. Vale destacar que todas as alternativas carregam sentido temporal (antes, novamente, ao mesmo tempo), mas apenas a alternativa D “em seguida” traz o sentido de “posterioridade”, tal como em “depois”. Portanto, trata-se de um item que apresenta um nível mais complexo de leitura.
Os índices de acerto indicam que 77,7% dos alunos conseguiram apreender o sentido produzido pelas marcas de temporalidade. No entanto, quando se observa o desempenho do Grupo 1, constata-se que menos da metade (42,2%) conseguiu compreender que a expressão “em seguida” podia substituir corretamente a palavra “depois” no texto. Entre esses alunos, 21,6% assinalaram a alternativa A (antes), não compreendendo que essa palavra possui sentido completamente oposto àquele pretendido pelo texto em sua sequência temporal das ações desempenhadas na fabricação da pasta de dente.
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Exemplo 4
Nível: Avançado [≥ 250]
Compõe a descrição do ponto 250 da Escala de Língua Portuguesa – Leitura - SARESP
Tema 3 – Reconstrução da textualidade H18 – Estabelecer relações entre segmentos de texto, identificando substituições por formas pronominais de grupos nominais de referência.
Comentário O item avalia se o aluno consegue estabelecer relações entre segmentos de texto, identificando a substituição de uma palavra por outra que permite a continuidade e a compreensão dos sentidos do texto. O pronome “lhes”, que substitui a palavra “crianças”, aparece em negrito no texto e é reproduzido no comando da questão. Na atividade em questão, a relação coesiva é anafórica, isto é, o pronome “lhes” refere-se a outro elemento anterior no texto. Embora apresente uma estrutura simples, assunto conhecido e palavras de fácil compreensão, o texto exige do leitor uma leitura atenciosa para a realização da tarefa, pois o referente do pronome “lhes” não está muito próximo dele.
Os percentuais de respostas indicam que apenas 55,9% dos alunos conseguiram fazer a relação correta entre os elementos “lhes” e “crianças”. Entre os distratores (alternativas incorretas), destaca-se o distrator A (brincadeiras), que foi o mais assinalado pelos alunos de um modo geral: 25,8%. Observando os índices específicos de cada grupo, constata-se que, no Grupo 1, a opção por esse distrator foi maior que a opção pelo gabarito: 43,9% contra 24%. Também chama a atenção o fato de 30,9% dos alunos do Grupo 2 ter feito essa mesma escolha incorreta. Esses alunos, provavelmente, ainda não conseguem reconstruir o texto estabelecendo relações que nele foram marcadas por recursos coesivos, ou seja, não conseguem ainda relacionar uma informação dada com outra informação nova, introduzida por meio de um pronome pessoal do caso oblíquo.
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