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1. A AVALIAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA NO SARESP DO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
Este capítulo do relatório pedagógico compreende a análise e a interpretação dos resultados obtidos da aplicação do SARESP, para os 3º anos do Ensino Fundamental em Língua Portuguesa, tendo como referências as recomendações e orientações pedagógicas da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, tal como estão expressas em diversos documentos curriculares de orientação como o Plano de Educação propostos pela SEE.
Nesse sentido, a avaliação do SARESP, tem como objetivos primordiais:
- servir como instrumento de avaliação externa das unidades escolares de diferentes redes de ensino paulistas, oferecendo indicadores de extrema relevância para subsidiar a tomada de decisões dos educadores que nelas atuam;
- viabilizar para cada rede de ensino paulista, a possibilidade de análise comparativa dos resultados da aplicação das provas do SARESP e daqueles obtidos por meio de avaliações nacionais, como as do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica – Saeb, em especial a Avaliação Nacional da Educação Básica – ANEB e a Avaliação Nacional do Rendimento Escolar – ANRESC/Prova Brasil;
- constituir, a partir dos resultados obtidos, importante indicador da qualidade do ensino oferecido, em cada unidade escolar do estado de São Paulo.
Para que se prossiga à análise do desempenho das respostas dos alunos contidas nesses resultados e de seu teor pedagógico, serviram como documentos: os dois exemplares das provas (manhã e tarde) aplicadas aos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental; o manual com as instruções para a adequada aplicação das provas; o roteiro de correção das provas com as orientações aos supervisores e corretores; os exemplares de provas dos alunos de 3º ano do Ensino Fundamental; as tabelas de resultados obtidos pelos alunos; as orientações relativas à metodologia de avaliação no SARESP 2017.
1.1. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE AS PROVAS DE LÍNGUA PORTUGUESA DO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NO SARESP DE 2017
As provas de Língua Portuguesa aplicadas aos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental são compostas por questões abertas e de múltipla escolha. Embora sejam aplicadas duas provas diferentes, uma para as turmas da manhã e outra para as da tarde, ambas as avaliações contêm as mesmas questões, com aspectos similares e textos parecidos, portanto, as provas possuem o mesmo caráter avaliativo. As provas no SARESP buscaram avaliar o nível de conhecimento sobre o sistema de escrita, a capacidade de ler com autonomia e a competência escritora do ponto de vista discursivo alcançados pelos alunos ao final do Ciclo de Alfabetização.
No SARESP 2017, as provas de Língua Portuguesa do 3º ano do Ensino Fundamental são compostas por 13 questões, sendo uma delas desdobrada em duas partes resultando em 14 questões que são respondidas pelos alunos.
Dessa maneira, a disposição das questões pode ser compreendida como uma verificação das várias habilidades e competências que são esperadas que os alunos tenham obtido ao final do terceiro ano:
- SISTEMA DE ESCRITA: que compreende as habilidades relacionadas á compreensão do sistema alfabético da Língua Portuguesa;
- CONVENÇÕES DA ESCRITA: que compreende habilidades relacionadas à aquisição da escrita e seu uso sistemático nas diversas modalidades exigidas;
- PRODUÇÃO DE TEXTOS: que compreende as habilidades relacionadas para a produção de final de texto, reescrita de textos, garantindo a manutenção de coerência e coesão textuais;
- LEITURA E COMPREENSÃO DE TEXTOS: que compreende as habilidades para realizar diferentes tarefas de leitura como a localização de palavras de informação explícita e inferência de informação implícita, identificação da finalidade do texto, reconhecimento de efeitos de sentido de marcas de temporalidade e de recursos gráfico-visuais.
1.2. CARACTERÍSTÍCAS GERAIS DA AVALIAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA O 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NO SARESP 2017
As avaliações no SARESP 2017 possuem uma estrutura pautada para verificar as habilidades e competências relacionadas à Língua Portuguesa, assim, tanto as competências leitoras como as escritoras são o epicentro da prova em questão. Dessa maneira, as questões exigem que os alunos demonstrem dois eixos de competências:
- LEITORA: leitura e compreensão dos comandos para realização das tarefas constituintes na prova; leitura e compreensão dos textos de apoio para manter a continuidade temática ao produzir tanto a reescrita como o final de um conto, configurados no tipo narrativo e contendo os episódios narrados para garantir a manutenção da coerência e coesão; leitura autônoma de texto informativo; leitura autônoma de testes de múltipla escolha.
- ESCRITORA: compreensão das regras e normas da escrita, apresentando uso preferencialmente de letra manuscrita, sem sinais de segmentação recorrente; aplicação dos sinais de pontuação e do uso adequado de letras maiúsculas, escrita da ortografia padrão e utilização de mecanismos básicos da coesão; escrita e reescrita de conto; localização e reconhecimentos dos diversos sentidos das palavras, das comandas e tarefas a serem realizadas solicitadas pelo professor-aplicador.
Dentre os dois eixos de competências citados acima, as habilidades foram verificadas em cada um dos vinte e um itens que compõem a avaliação no SARESP, habilidades essas que são requeridas ao final do 3º ano do Ensino Fundamental e que espelham as expectativas de aprendizagem esperadas para os alunos que completaram os três primeiros anos do Ciclo de Alfabetização.
1.2.1.
HABILIDADES REQUERIDAS NA AVALIAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA O 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NO SARESP 2017
As habilidades requeridas na avaliação de Língua Portuguesa para o terceiro ano do Ensino Fundamental estão relacionadas com a leitura de diferentes questões e com a escrita em variados níveis de exigência. Como a prova é escrita, é preciso que as crianças acompanhem a leitura do professor-aplicador de alguns dos enunciados, porém em outros momentos da prova, cabe ao aluno ler de forma autônoma e produzir suas próprias respostas a partir do que leu.
Dentre as principais habilidades exigidas, encontram-se:
- Escrever o próprio nome;
- Escrever palavras ditadas;
- Escrever texto memorizado - correspondência sonora e alfabética;
- Escrever texto memorizado - segmentação de palavras;
- Selecionar palavras em leitura de texto;
- Reescrever final de história conhecida - presença de episódios;
- Reescrever final de história conhecida - coerência textual;
- Ler e transcrever trechos de um conto;
- Produzir o final de um conto - coerência textual;
- Produzir o final de um conto - coesão textual;
- Produzir o final de um conto - pontuação;
- Produzir o final de um conto - ortografia;
- Identificar a finalidade de um texto;
- Localizar informação explícita em texto informativo;
- Inferir informação subentendida em texto informativo;
- Ler autonomamente cinco testes de múltipla escolha (enunciados, textos e alternativas), para encontrar as respectivas respostas corretas aos problemas apresentados nos enunciados.
Como é possível observar na listagem de habilidades requeridas, a avaliação no SARESP possui questões com variados graus de exigência. Nas questões mais simples, o aluno deverá codificar o que o professor aplicador solicita na comanda oral, como escrever o próprio nome ou ainda escrever as palavras ditadas e recitadas. Em outras situações, o aluno deverá circular palavras de uma cantiga e também escrevê-la de forma correta, atendendo as convenções do sistema de escrita padrão. No decorrer da prova, algumas questões elevam o nível de exigência e propõem tarefas mais complexas que envolvem produção textual, uma relacionada à reescrita de um conto conhecido pelos alunos e outra que engloba um trabalho de autoria, que é a escrita de um final de um conto. Por fim, é esperado que as crianças leiam com autonomia e localizem informações explícitas e implícitas, além de lerem testes de múltipla escolha.
Essa diversidade e abrangência da prova dos terceiros anos garantem contemplar os grupos de três competências:
- Observar;
- Realizar;
- Compreender.
Dessa maneira, é de extrema importância que a análise das questões em relação às respostas, que os alunos avaliados deram nos itens, sirva de norteador aos professores alfabetizadores para que busquem novas estratégias de ensino.
2. CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE AS CORREÇÕES DAS PROVAS DE LÍNGUA PORTUGUESA DO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NO SARESP DE 2017
O processo de correção das avaliações no SARESP de 2017 foi realizado por procedimento on line, seguindo as especificações e padrões de correções da Fundação Vunesp, que são utilizados desde 2013. O polo central de correção ficou situado em São Paulo, capital, e foram montadas equipes de correção para cada uma das questões.
As equipes de correção do SARESP contaram com um conjunto de três coordenadores centrais, trinta supervisores, divididos em capital e interior e aproximadamente seiscentos corretores. O treinamento dos supervisores foi realizado pela coordenação central em São Paulo, para que fossem responsáveis por treinar suas respectivas equipes de acordo com as questões selecionadas para cada polo de correção, em locais próprios, de acordo com um cronograma previamente organizado pela Fundação Vunesp.
A correção aconteceu simultaneamente em todos os polos tanto na capital como no interior, sendo que cada questão e seus respectivos itens foram mostrados para cada corretor em telas de computador, sendo corrigidos e pontuados de acordo com as Categorias de Respostas descritas no Roteiro de Correção, disponíveis para cada corretor.
A troca de informações, de dúvidas e esclarecimentos entre a coordenação, supervisão e os corretores aconteceu de modo presencial no polo de São Paulo e on line para os polos do interior, e contribuiu para garantir a lisura e a confiabilidade do processo de correção, visto que, quando necessário, possibilitou a intervenção dos coordenadores centrais em relação aos supervisores e, da mesma maneira, a intervenção desses supervisores sobre sua equipe de corretores, fazendo concomitantemente os ajustes necessários para uma correção tranquila e permitindo a equidade e a manutenção dos critérios na avaliação.
2.1.
COMPOSIÇÃO E DEFINIÇÃO DOS CRITÉRIOS PREVISTOS PARA A CORREÇÃ DA PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NO SARESP 2017
Para a correção, as questões foram subdivididas, compondo um total de 21 itens que foram corrigidos segundo os critérios publicados no manual dos corretores.
Para orientar o processo de correção e codificação da prova, foram criadas, para cada um dos itens, algumas categorias de respostas indicadas por códigos representados pelas letras A, B, C, D, E e F. Assim, cada categoria (identificada por uma letra) apresentou uma descrição do tipo de resposta que podia ser observado no processo de análise da produção da criança. O objetivo era que os professores utilizassem as definições como critérios para a avaliação do desempenho dos alunos.
Para corrigir cada item, o professor deveria:
- ler atentamente a instrução para a correção de cada item, verificando qual foi a resposta do aluno;
- classificar a resposta do aluno de acordo com a categoria de respostas na qual ela se enquadra, identificando o código correspondente A, B, C, D, E ou F.
A seguir, apresenta-se como cada questão foi proposta, o que ela pretende avaliar e as categorias de respostas possíveis em cada item que nortearam o trabalho dos corretores e que possibilitaram a uniformidade e equidade no processo de correção.
Questão 1
ESCRITA DO NOME PRÓPRIO
Esta questão pretende avaliar o conhecimento do aluno sobre a forma escrita de seu próprio nome.
Categorias de respostas:
(A) Escreveu o nome e pelo menos um sobrenome.
(B) Escreveu somente o nome.
(C) Escreveu de forma não-reconhecível.
(D) Ausência de resposta.
Questão 2
ESCRITA DE UMA LISTA DE PALAVRAS – SISTEMA DE ESCRITA
Esta questão pretende avaliar o nível de conhecimento dos alunos sobre o sistema de escrita, ou seja, procura verificar como cada um compreendeu, até este momento, o funcionamento e as regras de geração da escrita. As listas de palavras selecionadas para a avaliação do 3º Ano do Ensino Fundamental no SARESP 2017 estão apresentadas a seguir.
Categorias de respostas:
Avaliar se, do ponto de vista do sistema de escrita, o aluno:
(A) Escreve com correspondência sonora alfabética e grafia convencional pelo menos 03 (três) das palavras da lista (não considerar a acentuação).
(B) Escreve com correspondência sonora alfabética e grafia convencional pelo menos 02 (duas) das palavras da lista (não considerar a acentuação).
(C) Escreve com correspondência sonora alfabética ou ainda não alfabética, com grafia não convencional.
(D) Escreve sem correspondência sonora.
(E) Ausência de resposta (em branco, cópia de partes da prova, outras palavras).
Questão 3 ESCRITA (AUTODITADO) DE UM TRECHO DE UMA CANTIGA
Esta questão pretende avaliar o nível de conhecimento dos alunos sobre o sistema de escrita, ou seja, procura verificar como cada um compreendeu, até este momento, o funcionamento e as regras de geração da escrita. A cantiga selecionada para a avaliação do 3º Ano do Ensino Fundamental no SARESP 2017 está apresentada a seguir.
A escrita de um trecho de uma cantiga foi avaliada a partir dos seguintes aspectos:
- sistema de escrita;
- segmentação do texto em palavras.
Item 3.1. Escrita de um trecho de uma cantiga – sistema de escrita
Categorias de respostas:
(A) Escreve com correspondência sonora alfabética e grafia convencional, podendo apresentar até 03 (três) palavras diferentes em grafia não convencional.
(B) Escreve com correspondência sonora alfabética com grafia não convencional no mínimo 04 (quatro) palavras diferentes.
(C) Escreve com correspondência sonora ainda não alfabética.
(D) Escreve sem correspondência sonora.
(E) Presença de escrita, mas não a solicitada (escreveu outro texto, copiou trechos da prova, texto ilegível, rabiscos, garatujas, desenhos).
(F) Ausência de resposta (em branco).
Item 3.2. Escrita de um trecho de uma cantiga – segmentação do texto em palavras
Categorias de respostas:
(A) Segmentou convencionalmente o texto em palavras (o aluno escreve realizando a separação convencional entre as palavras), podendo apresentar apenas uma (01) situação de hipossegmentação ou hiperssegmentação.
(B) Presença sistemática de hipossegmentação e/ou de hipersegmentação (Diz-se hipossegmentação quando o aluno escreve junto o que é para escrever separado – ex.: “soueu”, “batebate”... e hipersegmentação quando, no esforço de não “grudar” palavras, acaba separando o que se escreve junto – ex.: “de la”, “ba teu”...).
(C) Não segmentou o texto em palavras.
(D) Presença de escrita, mas não a solicitada (escreveu outro texto, copiou trechos da prova, texto ilegível, rabiscos, garatujas, desenhos).
(E) Ausência de resposta (em branco).
Questão 4
LEITURA DE UM TRECHO DE UMA CANTIGA Esta questão pretende avaliar se, sabendo o texto de cor e informado do que está escrito em cada linha, o aluno consegue localizar algumas das palavras do texto (sempre textos conhecidos ou que possam ser facilmente memorizados na própria situação de avaliação).
As palavras cuja localização foi solicitada na avaliação do 3º Ano do Ensino Fundamental no SARESP 2017 foram destacadas nas cantigas apresentadas a seguir.
Categorias de respostas:
(A) Marcou pelo menos 05 (cinco) das palavras ditadas.
(B) Marcou pelo menos 03 (três) das palavras ditadas.
(C) Marcou aleatoriamente ou marcou todas as palavras.
(D) Não marcou nada.
Questão 5
REESCRITA DE UM FRAGMENTO DA HISTÓRIA
Esta questão pretende verificar se, ao reescrever um conto, os alunos se apropriaram das características desse gênero em relação ao encadeamento dos acontecimentos narrados e se mantêm a coerência. Reescrever um conto conhecido é uma situação de produção textual com apoio: reescreve-se um conto cujas informações principais são conhecidas, pois estão presentes no conto. Então a referência para a produção é um texto escrito. Quando os alunos aprendem o enredo de um conto, também costumam aprender algo da forma, da linguagem que se usa para escrever, diferente da que se usa para falar. E se utilizam dessa linguagem na reescrita, colocando-se como escritor do conto.
Item 5.1. Reescrita de um trecho final de um conto conhecido, garantindo a presença dos acontecimentos narrados.
Categoria de Respostas
(A) Reescreveu garantindo a presença de pelo menos cinco (05) dos acontecimentos narrados.
(B) Reescreveu garantindo a presença de quatro (04) dos acontecimentos narrados.
(C) Reescreveu garantindo a presença de pelo menos três (03) dos acontecimentos narrados.
(D) Presença de escrita, mas não a solicitada (apresentou menos de 03 acontecimentos; escreveu outro texto; copiou trechos da prova; texto ilegível; rabiscos; garatujas; desenhos).
(E) Ausência de escrita (em branco).
Item 5.2. Reescrita de um trecho final de um conto conhecido do ponto de vista da coerência textual
Categoria de respostas: (A) Conseguiu articular os trechos do texto, entre si e em relação ao que veio antes, sem provocar problemas de compreensão.
(B) Conseguiu articular os trechos do texto, entre si e em relação ao que veio antes, ainda que com uma ou duas falhas que não chegam a comprometer o sentido global do texto produzido.
(C) Articulou parcialmente as ideias e as informações do texto, entre si e em relação ao que veio antes, com quebras da coerência, resultando em alguns problemas de compreensão.
(D) Não conseguiu articular as ideias e as informações do texto com coerência, resultando em problemas de compreensão.
(E) Presença de escrita, mas não a solicitada (escreveu outro texto, copiou trechos da prova, texto ilegível, rabiscos, garatujas, desenhos).
(F) Ausência de escrita (em branco).
Questão 6
LEITURA DE UM TEXTO INFORMATIVO
Esta questão pretende verificar se, a partir da leitura autônoma (isto é, sozinho, sem ajuda) de um texto informativo, o aluno consegue selecionar informações no texto ou inferir informações a partir do texto.
Atenção:
• A completude ou não da resposta não afeta o resultado, pois o que queremos saber é se o aluno é capaz de ler ou não com autonomia.
• O aluno pode responder mostrando que entendeu o texto, mas apresentar erros na escrita das palavras. Isso também deve ser considerado “A”, pois não estamos tratando da análise da escrita e sim da compreensão do que ele lê.
Item 6.1. Leitura de um texto informativo: localização de informação explícita no texto
Prova da manhã
Na questão, “Como são as pernas dos sapos?”, considere como alternativa A se o aluno escreveu “suas pernas são curtas”, ou “tem pernas curtas”, ou “pernas curtas” etc.
Prova da tarde
Na questão “Do que os jabutis se alimentam?”, considere como alternativa A se o aluno escreveu “os jabutis se alimentam de plantas”, ou “os jabutis comem plantas”, ou “comem plantas”, etc.
Categoria de respostas:
(A) Respondeu mostrando que foi capaz de ler com autonomia.
(B) Respondeu, mas não mostrou que foi capaz de ler com autonomia (texto ilegível).
(C) Ausência de resposta (em branco).
Item 6.2. Leitura de um texto informativo: inferência de informação implícita no texto
Categoria de respostas:
(A) Respondeu mostrando que foi capaz de ler com autonomia.
(B) Respondeu, mas não mostrou que foi capaz de ler com autonomia (texto ilegível).
(C) Ausência de resposta (em branco).
Questão 7
TRANSCRIÇÃO, SEGMENTAÇÃO E PONTUAÇÃO DE TEXTO
Esta questão pretende avaliar se os alunos sabem copiar, em letra manuscrita, um trecho de um conto, introduzindo a separação do texto em palavras, a pontuação e as maiúsculas.
Existem outras situações possíveis e corretas de pontuar estes trechos. O que não é aceitável, por exemplo, é pontuar entre o sujeito e o verbo e entre o verbo e seu complemento. Em linhas gerais, não é aceitável a pontuação que, em lugar de facilitar a leitura, dificulte-a.
Item 7.1. Leitura de um trecho do conto “Branca de Neve” e transcrição do texto em letra manuscrita
Categoria de respostas (A) Copiou o trecho do conto em letra manuscrita, mesmo que não tenha segmentado.
(B) Não conseguiu copiar o trecho do conto em letra manuscrita (escreveu outro texto, copiou trechos da prova, texto ilegível, rabiscos, garatujas, desenhos).
(C) Ausência de resposta (em branco).
Item 7.2. Transcrição trecho do conto - segmentação do texto em palavras
Categoria de respostas (A) Segmenta o texto em palavras – o aluno escreve realizando a separação convencional entre as palavras, podendo apresentar apenas uma (01) situação de hipossegmentação ou hiperssegmentação, mesmo que esteja repetida.
(B) Presença sistemática de hipossegmentação e/ou hipersegmentação – o aluno escreve realizando algumas separações entre as palavras, nem sempre, no entanto, de forma convencional. Diz-se hipossegmentação quando o aluno escreve junto o que é para escrever separado (ex: “doque”, “nomundo”...); e hipersegmentação quando, no esforço de não “grudar” palavras, acaba separando o que se escreve junto (ex: “es pelho”, “nen huma”, “ma jestade”...).
(C) Não segmenta o texto em palavras – o aluno escreve as palavras continuamente, sem qualquer separação entre elas (escreveu apenas uma palavra do texto).
(D) Ausência de resposta (em branco, escreveu outro texto, copiou trechos da prova, texto ilegível, rabiscos, garatujas, desenhos).
Item 7.3. Leitura e transcrição trecho do conto - uso de pontuação e de maiúscula
Categoria de respostas (A) Presença sistemática de pontuação e/ou letra maiúscula. O aluno divide o texto em pelo menos dois blocos de sentido (pergunta e resposta), utilizando elementos do sistema de pontuação: sinais de pontuação e/ou maiúsculas.
(B) Presença de pontuação e/ou maiúscula. O aluno não divide o texto em blocos de sentido (pergunta e resposta), mas utiliza alguns elementos do sistema de pontuação: sinais de pontuação e/ou maiúsculas.
(C) Ausência de sinais de pontuação e de maiúscula.
(D) Ausência de resposta (em branco, escreveu outro texto ou apenas uma palavra, copiou trechos da prova, texto ilegível, rabiscos, garatujas, desenhos).
Questão 8
PRODUÇÃO DO FINAL DE UM TEXTO Esta é uma atividade que implica a produção de autoria de parte de um texto do qual o começo é conhecido. Os alunos são apresentados ao texto pelo professor, que o lê até uma parte previamente definida, sem chegar ao final.
A tarefa é continuar o texto, de modo que a trama iniciada tenha continuidade e coerência.
Ao contrário do que se costuma dizer, não se trata de um mero exercício de criatividade. Para garantir a coerência do final do texto é fundamental a compreensão dos eixos de significação já estabelecidos no texto. Estes significados devem ser considerados – explicitamente ou não – para a elaboração de um final coerente. Escrever um final coerente não significa, no entanto, não romper com expectativas criadas quando da leitura do início do texto. Ao contrário, é possível romper com elas, e, ainda assim, manter a coerência temática e textual. A produção de um final de texto do qual se conhece apenas a parte inicial é uma atividade de autoria. Portanto é mais complexa do que a reescrita de um texto conhecido porque supõe que o aluno, à tarefa de textualização, articule um outro trabalho: o de criar o conteúdo temático de uma parte do texto, sendo essa criação orientada pelas características linguísticas e pelos eixos de sentido do trecho que se conhece do texto.
Item 8.1. Produzir o final de um conto do ponto de vista da coerência textual
Categoria de respostas (A) Conseguiu articular os trechos do texto, entre si e em relação ao que veio antes, sem provocar problemas de compreensão.
(B) Conseguiu articular os trechos do texto, entre si e em relação ao que veio antes, ainda que com uma ou duas falhas que não chegam a comprometer o sentido global do texto produzido.
(C) Articulou parcialmente as ideias e informações do texto, entre si e em relação ao que veio antes – com quebras da coerência, resultando em alguns problemas de compreensão.
(D) Não conseguiu articular as ideias e informações do texto com coerência, resultando em problemas de compreensão, dando a impressão de que não entendeu a história.
(E) Presença de escrita, mas não a solicitada (escreveu outro texto, copiou trechos da prova, texto ilegível, rabiscos, garatujas, desenhos).
(F) Ausência de escrita (em branco).
Item 8.2. Produzir o final de um conto do ponto de vista da coesão textual
Categoria de respostas (A) Utilizou adequadamente elementos característicos da linguagem escrita para relacionar os enunciados (por exemplo: “mas”, “porém”, “então”, “enquanto isso”, “no entanto”, “na manhã seguinte”, “muito tempo depois”, entre outros), fazendo uso em até 04 (quatro) vezes, de recursos típicos da linguagem oral (“daí”, “né”, “aí”, por exemplo).
(B) Utilizou adequadamente elementos característicos da linguagem escrita para relacionar os enunciados (por exemplo: “mas”, “porém”, “então”, “enquanto isso”, “no entanto”, “na manhã seguinte”, “muito tempo depois”, entre outros), mesmo que utilize 05 (cinco) ou mais vezes, recursos típicos da linguagem oral (“daí”, “né”, “aí”, por exemplo).
(C) Não utilizou adequadamente elementos característicos da linguagem escrita para relacionar os enunciados, podendo-se observar forte presença da conjunção “e” unindo os enunciados ou de recursos típicos da linguagem oral, (“daí”, “né”, “aí”, por exemplo) ou repetição excessiva de palavras.
(D) Presença de escrita, mas não a solicitada (escreveu outro texto, copiou trechos da prova, texto ilegível, rabiscos, garatujas, desenhos).
(E) Ausência de escrita (em branco).
Item 8.3. Produzir o final de um conto do ponto de vista da pontuação
Categoria de respostas (A) Pontuou o texto adequadamente, empregando pontuação medial, interna às frases, como vírgula, dois pontos, etc. (ainda que nem sempre) e, no caso de ter utilizado o discurso direto, empregou pontuação adequada (qualquer que tenha sido a escolha feita: parágrafo e travessão; aspas sem parágrafo, por exemplo), mesmo que não em todas as ocasiões.
(B) Redigiu o texto empregando pontuação inicial (maiúscula) e final, (qualquer que tenha sido a escolha feita: ponto final, de interrogação, de exclamação, reticências etc.) – nas frases ou parágrafos, mesmo que não em todas as ocasiões e a pontuação medial interna (como vírgula, dois pontos etc.), quando aparece, não é de forma sistemática nem adequada.
(C) Redigiu o texto, ainda que sem utilizar pontuação no final dos enunciados nem a letra maiúscula no início de frase.
(D) Presença de escrita, mas não a solicitada (escreveu outro texto, copiou trechos da prova, texto ilegível, rabiscos, garatujas, desenhos).
(E) Ausência de escrita (em branco).
Item 8.4. Produzir o final de um conto do ponto de vista da ortografia
Categoria de respostas (A) Escreveu com grafia convencional, com até quatro (04) erros.
(B) Escreveu com grafia convencional, de cinco (05) até oito (08) erros.
(C) Escreveu de forma alfabética sem atender às convenções gráficas.
(D) Presença de escrita, mas não a solicitada (escreveu outro texto, copiou trechos da prova, texto ilegível, rabiscos, garatujas, desenhos).
(E) Ausência de escrita (em branco).
Questões 09 a 13
ITENS DE MÚLTIPLA ESCOLHA IMPORTANTE: Para essas questões não há a classificação em critérios. Cabe ao corretor apenas transcrever a resposta indicada pelo(a) estudante. Ou seja, se o(a) aluno(a) assinalou (A) deve-se selecionar o critério (A), se marcou (B) deve-se selecionar o critério (B), se indicou (C) deve-se selecionar o critério (C), se optou por (D) deve-se selecionar o critério (D).
O critério (E) deve ser indicado se, e somente se, o(a) aluno(a) assinalar mais de uma alternativa ou, então, quando deixa a questão em branco.
3. RESULTADOS DA ANÁLISE ESTATÍSTICA DOS ITENS DA PROVA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NO SARESP 2017
As tabelas a seguir mostram os resultados obtidos pelos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental para os itens 1, 2, 4, 6 e 7. Optou-se por fazer a descrição dos resultados desses itens visto que são questões cuja complexidade é menor em relação aos outros itens da prova, como os itens 3, 5 e 8. A explicação para se optar por esse caminho é bem simples: os itens de maior complexidade acabam por exigir das crianças habilidades que envolvem tarefas de maior amplitude como a avaliação sobre o sistema de escrita, ou ainda de reescrita e produção textual, na medida em que esses tipos de atividades permitem que os alunos canalizem sua atenção para aspectos relacionados à linguagem escrita, sem se preocuparem tanto com as questões relacionadas aos aspectos notacionais apenas, sobretudo aqueles relacionados com a ortografia de alguns termos, do ponto de vista fonético ou ortográfico.
Essas habilidades, por exemplo, também são requeridas em outros itens da prova, porém, em menor grau de complexidade, e algumas até priorizam os aspectos notacionais, no entanto, são em atividades mais elaboradas que se consegue avaliar de fato se a criança compreendeu até esse momento o uso distinto entre a modalidade oral e a escrita. Assim, não se trata apenas de conceituar as questões em fáceis ou em difíceis, e sim de verificar quais habilidades são requeridas em cada item que compõem a avaliação no SARESP.
3.1. ANÁLISE GERAL DO DESEMPENHO DOS ALUNOS DO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NOS ITENS 1, 2, 4, 6 e, 7 NO SARESP 2017
Para analisar o desempenho dos alunos do 3º ano do Ensino Fundamental para os itens 1, 2, 4, 6, e 7 pode-se dizer que no geral as crianças foram muito bem.
Questão 1: Escrita do nome próprio
No item 1, a porcentagem para a categoria de resposta A, chegou a 98,4% para as turmas da manhã e 98,7% para as da tarde, indicando que em relação a escrita do próprio nome a habilidade foi contemplada.
Questão 2: Escrita de uma lista de palavras – sistema de escrita
Para o item 2, escrita de uma lista de palavras, observa-se que a maioria, 78,6% para turmas da manhã e 79,8% tarde, atingiram a nota A para as habilidades de sistema de escrita relacionadas à grafia convencional e com correspondência sonora alfabética.
Questão 4: Leitura de um trecho de uma cantiga
No item 4, que avalia a habilidade de localizar palavras em texto memorizado oralmente, percebe-se que 94,3% e 94%, respectivamente das turmas da manhã e tarde, conseguiram a nota A, que configura em ótimo desempenho nessa habilidade de localização e memória.
Questão 6: Leitura de um texto informativo: localização de informação explícita no texto
Para o item 6 da prova, em que se é avaliado o aspecto da competência leitora autônoma, cujas habilidades são a localização de informação explícita no texto, no item 6.1, e a inferência de informação implícita no texto, no item 6.2, as crianças demonstraram um bom desempenho. Para as turmas da manhã, o percentual foi de 83,9% para o item 6.1 e 71,3% para o 6.2. Para as turmas da tarde, 86,2% para o item 6.1 e 63,2% para o 6.2, com a nota máxima A. Esses resultados mostram que houve uma melhora considerável na competência leitora autônoma e nas habilidades de localização explícita e implícita.
Questão 7: Leitura de um trecho do conto “Branca de Neve” e transcrição do texto em letra manuscrita
No item 7, que se desdobra em três itens, o 7.1 que pede a transcrição do texto em letra manuscrita, o 7.2 que cobra a segmentação do texto em palavras e o 7.3 que exige o uso de pontuação e maiúscula, pode-se verificar que o desempenho foi bom nos dois primeiros itens, porém foi satisfatório no item 7.3. Para as turmas da manhã, os percentuais foram de 77%, 71,4% e 52% para os três itens respectivamente, e para as turmas da tarde, 76,5%, 69% e 47,5% pra os três itens, com a nota A. Isso demonstra que as habilidades de transcrição e de segmentação, foram melhores alcançadas que as habilidades que exigiam o uso adequado de pontuação e letra maiúscula.
Questões de múltipla escolha: Leitura e compreensão textual
4. ANÁLISE ESPECÍFICA DO DESEMPENHO DOS ALUNOS DO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NOS ITENS 3, 5 e 8 NO SARESP 2017
Como ressaltado anteriormente, algumas questões do SARESP exigem habilidades mais complexas e mais desnvolvidas. Assim, nesse ano de 2017, a análise do desempenho dos alunos se concentrou nas questões que envolvem o nível de conhecimento sobre o sistema de escrita e de segmentação de palavras, ou seja, procurou verificar como cada um compreendeu o funcionamento e as regras de geração da escrita.
Também foram analisadas as produções de texto, no que se refere à reescrita de um conto conhecido, em que o aluno precisa garantir a manutenção dos episódios narrados e sua coerência, e à produção de um final de conto, que se constitui em uma tarefa mais difícil que a reescrita, já que as crianças devem produzir algo de sua própria autoria, porém mantendo a coerência e a coesão textuais, além do eixo de significação do texto original.
Essas questões de reescrita e de produção de final de conto têm por finalidade compreender o funcionamento do gênero narrativo em questão e as características da linguagem escrita. Para reescrever, a criança precisa recuperar o conteúdo, considerando a organização dos fatos e episódios de acordo com o gênero do texto que será reescrito, assim como foi apresentado no texto conhecido, inclusive a sua ordem sequencial.
Esses itens envolvem habilidades mais complexas, relacionadas à competência escritora e pretendem avaliar o grau de maturidade dos alunos no final do ciclo de alfabetização.
Questão 3
Questão 3.1: Escrita de um trecho de uma cantiga – sistema de escrita
A questão 3.1 avalia a escrita de um trecho de uma cantiga do ponto de vista do sistema de escrita. Observa-se que uma boa parte dos alunos escreve com correspondência sonora alfabética e grafia convencional, visto que, 72,3% e 71,7% atingiu a nota máxima A.
Questão 3
Questão 3.2: Escrita de um trecho de uma cantiga – segmentação do texto em palavras
Na questão 3.2 que avalia a escrita de um trecho de uma cantiga do ponto de vista da segmentação, percebe-se que houve uma boa melhora em relação aos aspectos da hipossegmentação e da hipersegmentação. Para os alunos da prova da manhã o percentual para a nota máxima A, foi de 74,2% e para os da prova da tarde 75,3%.
Questão 5
Questão 5.1: Reescrita de um trecho final de um conto conhecido, garantindo a presença dos acontecimentos narrados
A questão 5.1 avalia a reescrita de um final de conto conhecido do ponto de vista dos acontecimentos ou episódios narrados. Muitos alunos conseguiram enumerar todos os episódios que foram relatados, assim, 64,8% e 68% dos alunos das provas da manhã e tarde, respectivamente, conseguiram a nota máxima A, nesse item.
Questão 5
Questão 5.2: Reescrita de um trecho final de um conto conhecido do ponto de vista da coerência textual
A questão 5.2 avalia a reescrita de um final de conto conhecido do ponto de vista da coerência. Como o conto é conhecido, os alunos conseguem escrever com menos falhas e quebras da coerência. Uma boa parte dos alunos atingiu a nota máxima A, 44,3% para a prova da manhã e 52,9% para os alunos da prova da tarde.
Questão 8
Questão 8.1: Produzir o final de um conto do ponto de vista da coerência textual
A questão 8.1 avalia a produção de texto do ponto de vista da coerência e pode-se notar que ainda é uma das tarefas mais complexas da prova do SARESP. O que se observa nos gráficos é que a maior parte dos alunos produz o final do conto com falhas e quebras da coerência. Diferentemente da reescrita, essa questão trabalha com autoria e muitas crianças acabam criando novas versões dos contos que provocam as quebras da coerência e do eixo de significação original. Apenas 29,1% e 28,7% dos alunos conseguiram a nota máxima A.
Questão 8
Questão 8.2: Produzir o final de um conto do ponto de vista da coesão textual
A questão 8.2 avalia a produção de texto do ponto de vista da coesão. Embora a coesão seja vista de forma tímida nos anos inicias e geralmente vem atrelada aos aspectos textuais de leitura, nota-se que houve um bom progresso em relação aos anos anteriores. Metade dos alunos conseguiu a nota máxima A nas duas turmas, sendo 50,1% para turmas da manhã e 50,9% para as da tarde.
Questão 8
Questão 8.3: Produzir o final de um conto do ponto de vista da pontuação
A questão 8.3 avalia a produção de texto do ponto de vista da pontuação. O que se observa é que a maioria dos alunos consegue fazer uso da pontuação básica, como mostra a concentração do percentual na categoria B de resposta. Porém, o uso da vírgula, como pontuação medial, ainda precisa ser mais trabalhado nessa etapa final de alfabetização, visto que, apenas 20,7% e 22,6% dos alunos da manhã e da tarde, respectivamente, conseguiram atingir a nota máxima A.
Questão 8
Questão 8.4: Produzir o final de um conto do ponto de vista da ortografia
A questão 8.4 avalia a produção do final de um conto do ponto de vista da ortografia. Observa-se que ainda é possível notar que a grafia, ou a escrita correta das palavras ainda requer cuidados. Apenas 44,1% dos alunos da manhã e 41, 7% dos da tarde atingiram a nota máxima A nesse item.
4.1. ANÁLISE DAS AVALIAÇÕES DOS ALUNOS DO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL PARA A QUESTÃO 3 NO SARESP 2017 – TURMAS DA MANHÃ E TARDE
Essa questão avaliou o nível de conhecimento dos alunos sobre o sistema de escrita, ou seja, verificou como cada um compreendeu o funcionamento e as regras de geração da escrita. A escrita de um trecho de uma cantiga foi avaliada a partir dos seguintes aspectos e se desdobrou em dois itens:
- sistema de escrita; item 3.1;
- segmentação do texto em palavras; item 3.2.
O QUE FOI AVALIADO SOBRE O SISTEMA DE ESCRITA E SEGMENTAÇÃO?
- escuta da cantiga;
- reconhecimento de repertório;
- memorização da cantiga;
- escrita da cantiga;
- conservação da ordem das palavras;
- escrita com correspondência sonora alfabética;
- manutenção de grafia convencional;
- garantia de segmentação convencional.
4.1.1. MODELO DA QUESTÃO 3 E ANÁLISE DE EXEMPLOS DE PROVAS DA MANHÃ E TARDE
Exemplo 1
Essa questão pretende avaliar como o aluno compreende o sistema de escrita e se ele escreve de forma segmentada, portanto, está dividida em dois itens. Como se pode observar este aluno contempla a nota máxima visto que escreve a cantiga com grafia convencional e também apresenta segmentação convencional do texto em palavras. Atinge, portanto, a nota A nas duas categorias de respostas, tanto no item 3.1 como no 3.2.
Exemplo 2
Neste outro exemplo, observa-se que a criança ainda não apresenta totalmente a grafia convencional embora escreva com correspondência sonora. Também nota-se que apresenta problemas de hipossegmentação, escrevendo várias palavras juntas “dimin”, “soleu”, “jabatel. Dessa forma, o aluno atinge a nota B nas duas categorias de respostas, itens 3.1 e 3.2.
Exemplo 3
Para este exemplo, encontramos uma nova situação que demonstra que a criança escreve com correspondência sonora ainda não alfabética. Como encontra-se em hipótese silábica alfabética, apresenta como característica principal o conflito entre a escrita silábica e a escrita alfabética. O aluno percebe que utilizar uma letra apenas para representar uma sílaba não dá conta desta representação e passa a incluir letras em sua escrita, escrevendo ora com uma letra para cada sílaba, ora com duas ou mais letras para cada sílaba, “gedota” “gvateu”, dessa maneira foi atribuída a nota C. Em relação ao item 3.2, vê-se que o aluno possui presença sistemática de hipossegmentação nas palavras que fundem-se como “ gvateu”, “coeu”, conferindo a nota B.
Exemplo 4
Neste último exemplo, temos um caso de presença de escrita, mas não a solicitada. Não há nenhum traço de tentativa de escrita mesmo que sem correspondência sonora, além do que o aluno escreve outro texto diferente da cantiga, portanto no item 3.1 a nota é E. Já para o item 3.2 o aluno fica com a nota D, que também corresponde à presença de escrita mas não a solicitada, visto que, a segmentação não pode ser avaliada em outro tipo de texto escrito.
4.2. ANÁLISE DAS AVALIAÇÕES DOS ALUNOS DO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL PARA A QUESTÃO 5 NO SARESP 2017 – TURMAS DA MANHÃ E TARDE
Esta questão verificou se, ao reescrever um conto, os alunos se apropriaram das características desse gênero em relação ao encadeamento dos acontecimentos narrados e se mantêm a coerência. Reescrever um conto conhecido é uma situação de produção textual com apoio: reescreve-se um conto cujas as informações principais são conhecidas, pois estão presentes no conto. Dessa maneira, a referência para a produção é um texto escrito.
Quando os alunos aprendem o enredo de um conto, também compreendem algo da forma, pertinente a tipologia textual e percebem que a linguagem que se usa para escrever é diferente da que se usa para falar, utilizando-se dessa linguagem na reescrita, colocando-se como escritor do conto.
A questão 5 se desdobra em dois itens: 5.1 e 5.2.
- Item 5.1 – Reescrita de um trecho final de um conto conhecido, garantindo a presença dos acontecimentos narrados. (Episódios)
- Item 5.2 – Reescrita de um trecho final de um conto conhecido do ponto de vista da coerência textual.
O QUE GARANTE A COERÊNCIA DO TEXTO?
Prova da manhã
- João pegar a harpa;
- João cortar o pé de feijão;
- Ser o fim do Gigante;
Prova da tarde
- Explicar que o príncipe encontra a Rapunzel;
- Rapunzel perceber que o príncipe está cego;
- Rapunzel e o príncipe se casarem.
Vale frisar que do ponto de vista da Coerência, item 5.2, o que foi avaliado foram ás articulações dos principais acontecimentos que garantiam a manutenção básica dos eixos de significação em relação ao conto de origem, a contagem dos episódios já havia sido avaliada no item 5.1.
4.2.1. MODELO DA QUESTÃO 5 E ANÁLISE DE EXEMPLOS DE PROVAS DA MANHÃ
Exemplo 1- Prova da manhã
Neste exemplo podemos notar que a criança consegue garantir a presença de todos os episódios do conto original, conseguindo a nota A. Como mencionado anteriormente não há necessidade dos episódios estarem exatamente iguais aos do Roteiro de Correção, portanto, quando a criança diz que: “João era mais leve que o gigante...”, pode-se substituir pelo episódio “João é mais rápido que o gigante”. No item 5.2 pode-se ver que o aluno conseguiu articular o texto, entre si e em relação ao que veio anteriormente, mantendo a coerência dos fatos contados na ordem em que aconteceram, conferindo ao texto produzido a nota máxima A.
Exemplo 2 - Prova da manhã
Neste exemplo podemos notar que a criança consegue garantir a presença da maior parte dos episódios do conto original, conseguindo a nota A, no item 5.1. No item 5.2, pode-se ver que o aluno conseguiu articular o texto, entre si e em relação ao que veio anteriormente, porém, com pequenas falhas que não comprometem a coerência total. Uma das falhas, por exemplo, é que o aluno confunde que a mulher pega o machado, embora não comprometa o sentido total, atrapalha a coerência do texto, garantindo a nota B.
Exemplo 3 - Prova da manhã
Neste exemplo podemos notar que a criança mantém a presença de quatro dos episódios do texto base, conseguindo a nota B no item 5.1. O João rouba a harpa, é perseguido pelo gigante, corta o pé de feijão e fica feliz com a galinha dos ovos; os outros episódios não aparecem de forma clara e explícita no texto. No item 5.2, pode-se ver que o aluno conseguiu articular o texto, entre si e em relação ao que veio anteriormente, porém com falhas que não chegam a comprometer a coerência total, por exemplo “O gigante corre atrás de novo...”. Essa falha não comprometa o sentido total porém atrapalha a coerência do texto, garantindo a nota B.
Exemplo 4 - Prova da manhã
Neste outro exemplo, no item 5.1 o aluno garantiu a presença de pelo menos quatro dos episódios narrados, como “O gigante não achar o João”, “João pegar a harpa”, “João é mais leve” e “corta o pé de feijão”, garantindo a nota B. Já no item 5.2, a coerência aparece com as ideias parcialmente articuladas, provocando uma quebra da coerência quando o aluno menciona a mulher como se fosse a harpa, conferindo a nota C para esse item.
4.2.2. MODELO DA QUESTÃO 5 E ANÁLISE DE EXEMPLOS DE PROVAS DA TARDE
Exemplo 1- Prova da tarde
Neste exemplo podemos notar que a criança garante a presença da maioria dos episódios do conto original, conseguindo a nota A. Não se avalia neste item, 5.1, se há uma ordem do ponto de vista da coerência, mas sim se existe uma relação dos acontecimentos narrados com o conto que precisa ser reescrito. Os verbos usados pela criança, “procurar”, “abraçar”, “chorar”, “ enxergar”, “casar”, norteiam a manutenção dos episódios e não precisam estar exatamente iguais aos do texto original. No item 5.2 pode-se ver que o aluno conseguiu articular o texto, entre si e em relação ao que veio anteriormente, mantendo a coerência dos fatos narrados na ordem em que aconteceram, conferindo ao texto produzido a nota máxima A.
Exemplo 2 - Prova da tarde
Neste exemplo podemos notar que a criança garante a presença de quatro dos episódios do conto original, conseguindo a nota B no item 5.1. “O príncipe procura Rapunzel”, a “Rapunzel chora”, “o Príncipe se cura” e “eles se casam”. Os outros episódios não aparecem de forma clara e explícita no texto. No item 5.2, pode-se ver que o aluno conseguiu articular o texto, entre si e em relação ao que veio anteriormente, porém com pequenas falhas que não chegam a comprometer a coerência total, por exemplo, é que a “Rapunzel que acha o Príncipe”. Embora essa falha não comprometa o sentido global, atrapalha um pouco a coerência do texto, garantindo a nota B.
Exemplo 3 - Prova da tarde
Este exemplo mostra claramente que nem sempre a manutenção dos episódios garante a coerência textual, isso porque, a coerência de um texto está atrelada à competência escritora e de como os fatos são articulados durante a escrita. No item 5.1, a criança garante a presença da maioria dos episódios que escutou e consegue enumerá-los, garantindo a nota máxima A. Porém no item 5.2, articula parcialmente as informações, gerando problemas de compreensão ao leitor, porque o texto não é fluído, se observa que a criança ainda não se apropriou totalmente da linguagem que se usa para escrever, que é diferente da que se usa para falar.
Exemplo 4 - Prova da tarde
Neste exemplo, pode-se ver que os episódios garantidos foram apenas três dos sete episódios que deveriam ser contemplados. “A Rapunzel chora”, “as lágrimas curam o Príncipe” e “eles se casam”. Para essas situações as reescritas conseguiram apenas a nota C, no item 5.1. Para o item 5.2, vê-se que o aluno articulou parcialmente as informações do texto, gerando problemas de compreensão. Há uma quebra da narrativa original quando a criança escreve: “E eles escaparam da torre e nunca mais viram a bruxa...”, conferindo a nota C para esse item.
4.3. ANÁLISE DAS AVALIAÇÕES DOS ALUNOS DO 3º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL PARA A QUESTÃO 8 NO SARESP 2017 – TURMAS DA MANHÃ E TARDE
Esta é uma atividade que implica a produção de autoria de parte de um texto do qual o começo é conhecido. Os alunos são apresentados ao texto pelo professor, que o lê até uma parte previamente definida, sem chegar ao final. A tarefa é continuar o texto, de modo que a trama iniciada tenha continuidade e coerência.
Ao contrário do que se costuma dizer, não se trata de um mero exercício de criatividade. Para garantir a coerência do final do texto é fundamental a compreensão dos eixos de significação já estabelecidos no texto. Estes significados devem ser considerados – explicitamente ou não – para a elaboração de um final coerente.
Escrever um final coerente não significa, no entanto, não romper com expectativas criadas quando da leitura do início do texto. Ao contrário, é possível romper com elas, e, ainda assim, manter a coerência temática e textual. A produção de um final de texto do qual se conhece apenas a parte inicial é uma atividade de autoria. Portanto é mais complexa do que a reescrita de um texto conhecido, porque supõe que o aluno articule um outro trabalho: o de criar o conteúdo temático de uma parte do texto, sendo essa criação orientada pelas características linguísticas e pelos eixos de sentido do trecho que se conhece do texto.
O QUE TORNA O FINAL DO CONTO COERENTE?
Prova da manhã:
- Explicar o que houve após a troca de gentilezas das sacas, entre os irmãos. Palavras-chave: sacas/milho/despensa e irmãos;
Prova da tarde:
- Explicar o motivo de um dos amigos não se enfurecer com o macaco. Palavras-chave: macaco e homens/amigos
O QUE GARANTE A COESÃO TEXTUAL?
- Elementos que favorecem a coesão: mas, porém, na manhã seguinte, depois, então, enquanto isso, que, porque, como, assim, por causa, quando, logo depois, ele, ela...;
- Elementos que prejudicam a coesão: daí, aí, né, “e” unindo enunciados e a repetição excessiva de palavras iguais;
O QUE FOI AVALIADO NA PONTUAÇÃO?
- Uso correto de: vírgulas, pontos finais, emprego de maiúscula, parágrafo, travessão, dois pontos, interrogação, exclamação;
O QUE FOI AVALIADO NA ORTOGRAFIA?
- Apenas a grafia, escrita das palavras: a acentuação conta como erro;
- Não contam na avaliação: translineações, tempos verbais, concordâncias, regências, maiúsculas e segmentações que não prejudiquem a grafia (eueminha, meninabonita).
4.3.1. MODELO DA QUESTÃO 8 E ANÁLISE DE EXEMPLOS DE PROVAS DA MANHÃ
Exemplo 1- Prova da manhã
Neste exemplo da prova da manhã, pode-se ver que o aluno pontuou com nota máxima A em todos os itens. Do ponto de vista da coerência 8.1, conseguiu articular os trechos do texto garantindo a compreensão em relação ao conto original, explicou o que houve após a troca de gentilezas das sacas entre os irmãos e utilizou palavras-chave como despensa, milho e irmãos. No item 8.2, utilizou adequadamente elementos característicos da linguagem escrita (mas, e, ele), mantendo a coesão. Em relação à pontuação, item 8.3, pontou o texto de forma adequada, incluíndo a pontuação medial, interna às frases, fazendo uso correto da vírgula. No item 8.4, que trata da ortografia, o aluno escreve com grafia convencional e possui pouquíssimos erros.
Exemplo 2 - Prova da manhã
Neste outro exemplo da prova da manhã, do ponto de vista da coerência 8.1, o aluno não conseguiu articular os trechos do texto garantindo a compreensão em relação ao conto original, pois não explica o que houve após a troca de gentilezas das sacas entre os irmãos, obtendo a nota C. No item 8.2, utilizou adequadamente elementos característicos da linguagem escrita (eles, no fim da tarde), mantendo a coesão. Em relação á pontuação, item 8.3, o aluno escreve com letra de forma, o que impede de avaliar a letra maiúscula, e além disso não faz uso de pontuação medial e final, conferindo a nota C. No item 8.4, que trata da ortografia, o aluno escreve com grafia convencional e possui mais que quatro erros de grafia, obtendo a nota B.
Exemplo 3 - Prova da manhã
Para este exemplo, o aluno articulou parcialmente as ideias e informações do texto, entre si e em relação ao que veio antes – com quebras da coerência (arranjar uma namorada), resultando em alguns problemas de compreensão, portanto sua nota foi C. No item 8.2, a criança utilizou adequadamente elementos característicos da linguagem escrita para relacionar os enunciados (ele, no dia seguinte), garantindo a nota A. Em relação à pontuação, item 8.3, o aluno obteve a nota B, já que fez uso da pontuação básica, porém não utilizou pontuação medial. No item 8.4, que trata da ortografia, o aluno escreve com grafia convencional, porém, possui mais que quatro erros, o que confere nota B.
Exemplo 4 - Prova da manhã
Neste exemplo, para o item 8.1, a criança conseguiu articular os trechos do texto, entre si e em relação ao que veio antes, ainda que com falhas que não chegam a comprometer o sentido global do texto produzido (embora os irmão percebam a troca das sacas de milho, a história toma outro rumo: arranjar uma namorada), portanto a nota é B. No item 8.2, utilizou adequadamente elementos característicos da linguagem escrita (mas, então, ele), mantendo a coesão e conferindo-lhe nota A. Em relação à pontuação, item 8.3, pontou o texto de forma adequada, incluíndo a pontuação medial, interna às frases, fazendo uso correto da vírgula, sendo pontuado com nota A. No item 8.4, que trata da ortografia, o aluno se arrisca mais e dessa forma comete muitos erros de grafia, portanto sua nota é C.
4.3.2. MODELO DA QUESTÃO 8 E ANÁLISE DE EXEMPLOS DE PROVAS DA TARDE
Exemplo 1 - Prova da tarde
Neste exemplo de uma prova da tarde, pode-se ver que o aluno pontuou com nota máxima A em todos os itens. Do ponto de vista da coerência 8.1, articulou os trechos do texto garantindo a compreensão em relação ao conto original, conseguiu explicar o motivo de um dos amigos não se enfurecer com o macaco, utilizando as palavras-chave: macaco e homens/amigos. No item 8.2, utilizou adequadamente elementos característicos da linguagem escrita (quando, por causa, eles), mantendo a coesão. Em relação à pontuação, item 8.3, pontou o texto de forma adequada, incluíndo a pontuação medial, interna às frases, fazendo uso correto da vírgula. No item 8.4, que trata da ortografia, o aluno escreve com grafia convencional e possui pouquíssimos erros.
Exemplo 2 - Prova da tarde
Este exemplo ilustra bem a falta de coerência em um texto, porque percebe-se que não há uma conexão direta com o texto original, dando a impressão de que a criança não compreendeu a história do conto que deveria continuar, assim no item 8.1, sua nota foi D. No item 8.2, o que se vê, em relação à coesão é que o aluno está ainda muito próximo da linguagem oral, há muitas repetições de frases e palavras e não há uso de conectivos básicos, conferindo a nota C. Em relação á pontuação, 8.3, percebe-se o uso de maiúsculas e de pontuação final, porém, não há uso de pontuação medial, portanto a nota foi B. Para a ortografia, item 8.4 o aluno obteve a nota C, pois não faz ainda uso das regras de grafia convencionais, embora escreva de forma alfabética.
Exemplo 4 - Prova da tarde
Este outro exemplo ilustra bem como a avaliação dos critérios é feita de forma separada. No item 8.1, a nota D, mostra que a criança não conseguiu articular as ideias do texto e escreveu outra história, ela não explica porque o amigo não se enfurece com o macaco. Já no item 8.2, embora o texto esteja com problemas de coerência, não apresenta falhas na coesão, a criança consegue escrever de forma fluida, utilizando elementos básicos de coesão, obtendo a nota A. Para a pontuação, 8.3, a nota foi B, pois o texto traz uma pontuação básica, mas não faz uso da pontuação medial. Em relação à ortografia, escreve com grafia convencional, quase sem erros e garante a nota A.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
As análises gerais e específicas dos resultados das provas de Língua Portuguesa dos alunos de 3º ano de Ensino Fundamental no SARESP 2017 mostraram que o desempenho dos alunos melhorou em quase todos os itens de avaliação, em relação aos anos anteriores. O fato das questões 3, 5 e 8 terem sido analisadas separadamente evidencia que há de se ter uma maior preocupação com as habilidades e competências que são requeridas nesses itens. De fato, no cômputo final o que se observou é que os itens com menores índices da nota máxima foram relacionados às questões 5 e 8, que tratam da produção escrita.
Do ponto de vista da competência escritora, observou-se que as crianças tiveram desempenho melhor em aspectos relacionados ao sistema de escrita e também à segmentação; outros, tais como a escrita das palavras, a pontuação medial e a grafia das palavras, ainda requerem uma maior atenção. Ainda, no campo de produção de textos, hão de ser retrabalhadas as competências leitoras relacionadas à leitura e à compreensão de textos com enfoque nos eixos de significação textuais, que garantem a manutenção da coerência que compreende as habilidades para realizar diferentes tarefas de leitura, como a localização de palavras de informação explícita e a inferência de informação implícita, identificação da finalidade do texto, reconhecimento de efeitos de sentido de marcas de temporalidade e de elementos típicos de cada gênero textual.
Já que a finalidade das avaliações do SARESP são as de oferecer indicadores para subsidiar a tomada de decisões dos educadores que nelas atuam, esse relatório pedagógico deve servir como norteador para futuras ações pedagógicas, que promovam melhorias no processo de ensino-aprendizagem nos Ciclos de Alfabetização, nas escolas públicas de São Paulo. Nesse sentido, os professores são, deste ponto de vista, mediadores da ação de aprendizagem, articuladores da transmissão de conteúdos, facilitadores das aquisições de competências e estimuladores das habilidades de cada um dos seus alunos.
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