Os procedimentos de análise dos itens e de cálculos das proficiências do SARESP têm como base a Teoria da Resposta ao Item (TRI). Essa metodologia tem sido adotada em diversos processos de avaliação educacional e seu detalhamento pode ser encontrado em diversos textos, tais como o livro Teoria da Resposta ao Item: Conceitos e Aplicações (Andrade, Tavares & Valle, 2000) e Entenda sua nota no Enem – Guia do Participante (INEP, 2012).
Utilizar a Teoria da Resposta ao Item em uma avaliação como a do SARESP significa:
Como tudo isso é possível? O modelo da TRI considera três informações (denominadas de parâmetros) essenciais para avaliar a qualidade do item e, consequentemente, a qualidade da medida:
Pode-se então notar que somente respondentes com proficiência acima do valor do parâmetro b, de dificuldade, é que terão alta probabilidade de responder corretamente ao item. No presente exemplo, o Participante A com proficiência em torno de 175 tem probabilidade de 0,85, aproximadamente, de responder corretamente à questão representada. Em outras palavras, espera-se que 85% dos participantes com proficiência 175 acertem essa questão, ou ainda, que a tarefa requerida por essa questão seja de domínio da grande maioria das pessoas que têm proficiência 175 ou mais. Voltando à Curva Característica do Item apresentado como exemplo para o SARESP, na seção Análise de Itens, reapresentado a seguir: Com base no que foi exposto sobre a CCI, qual é a proficiência estimada de um aluno quando a probabilidade dele acertar esse item é 70%? Se você analisar as coordenadas do gráfico, encontra que esta probabilidade de acerto corresponde à proficiência da ordem de 200,0. Escala do SARESP A Escala de Proficiência do SARESP está na mesma métrica utilizada pelo Saeb, o exame nacional de referência para a Educação Básica do Brasil desde 1996. Trata-se de uma escala de proficiência única para todos os anos escolares avaliados, em Língua Portuguesa (Leitura) e Matemática, na qual a média e o desvio padrão da distribuição das proficiências da 8ª série/9º ano de 1997 foram arbitrados, respectivamente, em 250 e 50. Trata-se então de uma escala 250,50. Da mesma forma que médias de proficiência, a escala ancora os itens de uma prova. Isso é possível pois a partir das respostas dos alunos, são estimados os valores dos parâmetros a, b e c de cada item. Os itens são posicionados na escala a partir de critérios probabilísticos que garantem que somente participantes com média de proficiência igual ou maior do que o ponto em que se situa o item possuem alta probabilidade de responde-lo corretamente. Dispondo de uma coleção de pontos, e de uma escala que os organiza, o desejável é interpretar pedagogicamente o significado do posicionamento da proficiência, na escala. No SARESP, isso se faz por intervalos de 25 pontos na escala. Em síntese:
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